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domingo, 27 de julho de 2014

Agenda 21 Contributo MPI

O MPI-Movimento Pro Informação para a Cidadania e Ambiente que promove este Banco de Tempo do Oeste,acaba de apresentar o seu  contributo para a Agenda 21 do Concelho do Cadaval, rumo ao desenvolvimento  sustentável do concelho.
É um documento extenso,que escolheu como sector estratégico, a AGRICULTURA e algumas actividades complementares, abordando os principais Problemas/Ameaças e Eixos de Acção.
Escolhemos apenas um dos pontos que consta nesses Eixos de Acção,que se transcreve de seguida. Iremos  iniciar uma publicação neste blog  com a Etiqueta - Eco Receitas da Alexandra Azevedo.

"""  ü  Eco-gastronomia

Mudar os hábitos alimentares é uma necessidade urgente, mas é preciso em primeiro lugar formação e depois que se consiga romper com os velhos hábitos.
Medidas públicas dirigidas às ementas escolares vieram a revelar-se insuficientes pela concorrência com espaços de restauração na envolvente das escolas e pela demissão de pais em incutir hábitos alimentares sustentáveis (em vez de apenas saudáveis, pois não está em causa apenas o tipo de alimentos, mas também como e onde foram produzidos, por exemplo) nos seus filhos, o mesmo será dizer neles próprios em primeiro lugar. Mesmo que houvesse ousadia política para levar mais longe o conceito de alimentação sustentável às cantinas escolares, por exemplo introduzindo uma vez por semana haveria certamente resistência dos próprios pais, pelo menos da maioria, porque há questões culturais que se foram implantado nas últimas décadas.
Portanto todos os grupos etários deveriam merecer atenção não esforço de formação que é necessário para essa mudança, em especial as gerações mais velhas e com maiores responsabilidades nas opções alimentares (políticos, professores, pais, …).
O desafio é que as famílias conheçam ingredientes e modos de os cozinhar cujo resultado agrade o paladar. Sendo um dos maiores prazer a comida, comer bem tem de também proporcionar prazer para melhor adesão.
De forma muito resumida enunciam-se alguns conceitos-chave sobre o que se entende por alimentação sustentável ou eco-gastronomia:

Alimento bom, limpo e justo – Movimento Slow Food. O alimento tem de ser nutritivo e saboroso, da época, não estar contaminado com pesticidas nem transgénicos e pago a preço justo ao produtor. A eco-gastronomia é o objecto do Movimento do Slow Food, ou seja, a união da ética e do prazer de comer; e a biodiversidade, protegendo raças de animais, espécies de plantas e modos de fazer tradicionais, indo ao encontro de uma alimentação simples e saudável.

Comer comida. Não em demasia. Especialmente plantas – Michael Pollan.
 Ou seja devemos comer alimentos integrais, não processados, em quantidade suficiente às nossas necessidades e de origem vegetal, com consumo moderado de alimentos de origem animal.

De realçar ainda a importância de alimentos silvestres, outrora muito consumidos, em especial em períodos de maior escassez, mas que infelizmente a nossa sociedade foi desvalorizando pelo desconhecimento da sua superior qualidade nutricional, em especial em anti-oxidantes, o que faz deste alimentos autênticos alimentos funcionais ou super-alimentos, como a bolota e outros frutos silvestres, ervas comestíveis e algas. Por outro lado permitem um melhor aproveitamento dos recursos locais e menor pressão para a produção dedicada de alimentos e consequente alteração dos habitas naturais.
Em conclusão, o tipo de alimentos e sua origem que nós escolhermos iremos moldar o sistema alimentar, a paisagem e o próprio modelo de sociedade. Esse poder é uma forma de “votar” todos os dias. Para uma sociedade mais solidária, com melhor ambiente e mais saúde é basilar o conceito de produção local para consumo local de alimentos saudáveis.



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